Este meu amigo tem um husky mais um retriever do labrador que num belo dia estavam a passear pela rua com os seus dois fieis amiguinhos até que um deles "Snifou uma bola com aspecto de algodão " o X achou estranho que o seu amigo Labrador nao vinha após o chamamento e foi ver o que se passava ate que quando viu de perto o que era pegou no bicho e desatou as pisadas naquela bolinha peluda. O seu caozinho estava com o focinho inchado e com uma lagarta no seu focinho ao qual essa bolinha de pelo branco tinha provocado, nao era mais nem menos que uma bola de vermes da Doença dos pinheiros, ele só foi ao veterinario passado 2 horas pois ao principio julgou que fosse um vespão que lhe tinha picado so que aquilo nunca mais lhe passava " imaginem como estava o focinho do canito.
A doença dos pinheiros pode ser mortal para as Arvores mas tambem e mortal ou pode dar alergia para os nossos bichinhos por isso tomem atenção leem;
Obrigado pela atenção, amanha irei por aqui fotos desta pragaPragas e doenças do Pinheiro Bravo - Ernesto Goes
No que respeita a pragas e doenças de pinheiro bravo, este é atacado por inúmeras pragas (nomeadamente por insectos) e por algumas doenças, por fungos, alguns transmitidos pelos próprios insectos (pelos escolitídeos)
As principais pragas que atacam o pinheiro bravo, podem ordenar-se do seguinte modo:
1 - Desfolhadoras
2 - Sugadoras de folhas
3 - Sub-corticais ou mineiros
4 - Sob-corticais
5 - Destruidores de pinhas
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Desfolhadores - é sem dúvida a Thaumetopoea (a processionária do pinheiro) a principal e quase única desfolhadora do pinheiro bravo. As lagartas andam em fila indiana no chão, nos caminhos ou nos troncos dos pinheiros nos meses de Março ou Abril, quando atingem a última fase, e se encaminham para a crisalidação, que é feita dentro do solo.
Esta praga, além do pinheiro bravo, ataca igualmente outros pinheiros: o silvestre, o laríceo, o manso, o insígne, e o pinheiro de alepo, assim como Cedrus Atlântica, Cedrus Deodara e Cedrus do Libano, como foi comprovado em matas nacionais.
Esta lagarta encontra-se disseminada por todo o País, não sendo raro observarem-se os seus estragos em qualquer região de pinhal. Até nas grandes altitudes, o que para certas pragas e doenças constitui uma barreira, iremos encontrar a "processionária" a viver normalmente - é o caso de Penhas Douradas na Serra da Estrela a 1.500m de altitude, onde este insecto tem desfolhado povoamentos de pinus silvestre e de pinus nigra.
Os prejuízos que esta lagarta provoca são alarmantes, principalmente nos povoamentos novos (novedios e fustadios), pois sendo um insecto devorador de folhagem, em intensos ataques pode despir por completo extensas áreas de pinhal.
Os malefícios destes ataques, além da grande perda de material lenhoso que se deixou de criar, a desfolha igualmente provoca o enfraquecimento das árvores e mesmo a sua morte, dando azo ao aparecimento de outras pragas - o gorgulho.
Os povoamentos implantados em zonas ecológicas, já algo marginais para a cultura desta espécie florestal, são os mais afectados por esta praga, como sejam as regiões do interior do Norte e do Centro do país, indicando assim esta praga, de uma maneira geral, já condições ambientais menos favoráveis ao fomento do pinheiro bravo, ou pelo menos da sub espécie atlântica, que foi aquela que indescriminadamente se difundiu em todo o país. Por este facto, este assunto merece uma atenção especial, a fim de se estudarem as subespécies, variedades ou raças mais apropriadas a estas zonas mais adversas para a sub-espécie atlântica.
O insecto adulto, que é uma borboleta com asas anteriores de cor cinzenta com duas faixas transversais escuras quase paralelas, perto do bordo externo, aparece em Julho e Agosto, fazendo a postura dos ovos em torno da base das agulhas dos pinheiros. Cada postura contém 200 a 600 ovos, que são cobertos por escamas, que a borboleta desagrega do seu abdómen e que os preservam das chuvas, do frio e do calor.
Três e quatro semanas depois nascem as lagartas, que têm nessa altura apenas 1,5mm de tamanho e durante 2 a 3 dias conservam-se praticamente imóveis. Só depois começam a alimentar-se - acção devoradora que se prolonga sem interrupção de maior - até à crisalidação, 8 meses depois. Enquanto pequenas, as lagartas somente comem superficialmente as agulhas dos pinheiros, depois passam a devorá-los por completo.
É de salientar que existem 2 períodos distintos de voracidade - um desde o nascimento da lagarta até Novembro e Dezembro, em que os estragos são insignificantes, e, um outro, depois, até à crisalidação (fins de Abril), em que as desfolhas são mais intensas, por vezes espectaculares, pois num forte ataque a processionária pode, em poucos dias, desfolhar por completo significativas áreas de pinhal.
As lagartas no último estado atingem 30/40 cm de comprimento, sendo cobertas de pêlos urticantes que provocam afecções cutâneas muito dolorosas e que podem ter consequências graves, especialmente se atingem as mucosas dos olhos, aparelho respiratório, etc.
Esta praga tem bastantes inimigos, que não raras vezes conseguem debelá-la, ou mesmo evitar a sua proliferação.
Dentro dos pássaros, é de salientar a importância que têm o cuco, o estorninho e o chapim real, grandes devoradores destas lagartas. No que respeita a insectos há a considerar os seguintes parasitas: dos ovos; das lagartas e das crisálidas.
No entanto não queremos deixar de citar os meios que foram utilizados para eliminar esta praga, desde as almotolias com óleo, em que se deitava dentro das bolsas ou ninhos uma certa quantidade de petróleo (2 decilitros por cada 100 ninhos); corte dos ramos com ninhos e queimando-os depois; pulverização dos ninhos com D.D.T.; pulverização e polvilhações de avião com D.D.T., aplicações de D.D.T. puro por atomização (2 litros por ha) avião na 1.ªfase da lagarta (Setembro) e presentemente também por atomização, por insecticidas sucedâneos do D.D.T.
Sugadores de agulhas (folhas) - O Matsucoccus Feytandi, está já assinalado em muitos países mediterrâneos, causando graves prejuízos, inclusivé em Espanha próximo da fronteira portuguesa.
Em Portugal parece ainda não ter sido assinalado qualquer foco, no entanto torna-se necessário efectuar uma prospecção generalizada, a fim de evitar qualquer ataque desta cochonilha, que tantos prejuízos pode causar.
Sub-corticais ou mineiros que atacam povoamentos novos - A Rhyaciomia Buliana é a praga mais conhecida e mais generalizada. O insecto adulto é uma borboleta com a envergadura de 17-20mm e de asas superiores avermelhadas, ornadas de faixas transversais prateadas, que deposita em cada botão terminal do pinheiro ovo, de onde nasce uma lagarta que destrói esse botão, construindo em seguida uma galeria no novo rebento, o que provoca a deformação da flecha em forma de S, e por esse facto esta praga é conhecida por "torcedoura".
O melhor processo de eliminá-la é na fase em que a borboleta põe os ovos e nascem as lagartas, em fins de Junho, com polvilhações ou pulverizações com insectícidas adequados, nas primeiras idades dos povoamentos.
A Dioeytria Splendidella, cuja lagarta ataca o tronco e ramos de pinheiros novos, por vezes intensamente, produzindo derramamento de resina ao longo do tronco, formando grumos. A lagarta transforma-se em crisálida dentro dessa concreção resinosa. Ataca também o pinheiro Laríceo e de Alepo e os seus danos estão geralmente associados aos do Pissodes Notatus.
A Evetria Resinella, se bem que seja bastante vulgar, no entanto não provoca prejuízos assinaláveis. A lagarta vive dois anos e ataca os ramos dos pinheiros novos, produzindo um afluxo de resina que se vai acumulando na entrada da galeria, chegando a ter o tamanho de uma noz, onde a lagarta se refugia no inverno e aí crisalida.
Sob-corticais atacando árvores enfraquecidas - Os que podem provocar maiores estragos são sem dúvida, a Lps Sexdentatus, a Lps Erosus e a Myelophilus Piniperda. Estes insectos atacam normalmente as árvores enfraquecidas, provocando a sua morte, em virtude das suas larvas construirem galerias no entre casco, interrompendo a circulação da seiva. Tratam-se de espécies que somente em condições anómalas, provocam prejuízos assinaláveis. Na realidade, em condições normais, estas espécies vivem no pinhal em equilíbrio biológico, sem provocar prejuízos.
É de notar que a resina dos pinheiros constitui a defesa contra estas pragas, não sendo raro ver-se uma postura ser eliminada pela exsudação da resina. Por isso, é sobretudo depois de secas prolongadas, que enfraquecem muitas árvores, de vendavais, da existência de parques de madeira com toros não descascados, de incêndios de um pinhal ou devido à má técnica florestal (falta de desbastes), que esses insectos se tornam particularmente nocivos, pois muitos pinheiros enfraquecidos, vão constituir verdadeiros viveiros de multiplicações destes insectos, que depois irão atacar as árvores sãs, em várias investidas, até as enfraquecer, constituindo uma praga incontrolável, que poderá efectuar prejuízos incalculáveis.
Destuidores de pinhas - Há a considerar principalmente a Pssodes Validirostris e a Diorytria Mendacella, sendo esta a mais prejudicial. Além do pinheiro bravo, também ataca as pinhas de outros pinheiros: manso, laríceo, de alepo, etc.
É de assinalar os graves prejuízos que pode causar às pinhas do pinheiro manso, devido ao valor comercial do pinhão.
Outras doenças do Pinus pinaster
De uma maneira geral o pinheiro bravo, no nosso País é pouco afectado por doenças, salientando-se entre elas a provocada pelo Fomes Pini Kant, em que a madeira do tronco, mesmo em árvores aparentemente com bom aspecto vegetativo, fica apodrecida (cardida), e por isso sem qualquer valor comercial.
Os prejuízos por vezes são muito avultados, em virtude da doença incidir fundamentalmente em árvores mais idosas, de maior porte, e por isso com maior valor.
Este fungo é facilmente detectado pelo aparecimento, ao longo do tronco dos pinheiros, de um cogumelo, ou seja, do seu corpo de frutificação, que tem a forma de uma consola lenhosa acastanhada.
De uma maneira geral é um saprófita que vive no solo, nos cepos e árvores mortas, podendo passar à fase activa, provocando a morte de muitas árvores, e que se detecta pelo aparecimento de uma massa de miceleos branca nas raízes, colo e base inferior do tronco.
A fase de frutificação aparece normalmente no Outono após as chuvas, na base dos troncos das árvores afectadas ou nas proximidades, tendo a forma de cogumelo comestível, de cor amarelada.
Os únicos tratamentos aconselhados é evitar-se a sua propagação, cortando todas as árvores afectadas que poderão ser devidamente aproveitadas, arrancando-se depois os cepos e raízes, que deverão ser queimados, desinfectando posteriormente o terreno com um fungicida adequado.
A Fomes Pini (presentemente Ungulina Annosa) vive também no solo e comporta-se normalmente como um fungo saprófita, raramente atacando árvores vigorosas, mas sim aquelas debilitadas. Quando activa, destrói os tecidos vivos da raíz, do colo e do tronco, até a uma altura variável. Produz uma podridão branca da madeira, que adquire colorações características, segundo o grau de desenvolvimento.
No nosso País foi detectado em 1965 um foco desta doença, na Serra do Marão, em pinheiro bravo, tendo provocado prejuízos avultados.
O Diplodia Pinea, é um fungo com larga dispersão na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Europa, atacando a Pinus Halepensis, P. Pinaster, P. Pinea, P. Radiata, etc, e mesmo outras resinosas (Abetos, Araucarias, Cupressus, etc). No nosso País, esta espécie é bastante afectada por esta doença, como comprovam os belos exemplares existentes na Serra de Sintra. A doença manifesta-se fundamentalmente por "avermelhamento" das agulhas não se seguindo, como noutros casos a desfloração imediata; encurvamento da extremidade dos raminhos atacados do ano, formação por vezes de verdadeiros cancros, e abundante exsudação de resina ao longo do tronco e ramos atacados, provocando a morte das árvores, que se inicia a partir de flechas. Segundo Torres Juan para evitar a propagação destas micosis há que suprimir totalmente as podas, por serem estas o factor mais importante da sua difusão. Os pinheiros atacados deverão ser cortados e queimados.
Por fim há que considerar o azulado da madeira de pinho, provocado por fungos do género Cerostocystriss, que em grande parte são disseminados pelos "bostricos" através das galerias que fazem no entre-casco dos pinheiros. Estes fungos apenas se nutrem de produtos de reserva (açúcares, hidratos de carbono, etc) das células, pelo que não provocam alterações sensíveis nas propriedades físico-mecânicas da madeira. O azulado da madeira é uma alteração muito frequente na madeira de pinheiro bravo, que se dá também na madeira de outros pinheiros e mesmo do choupo.
As condições propícias ao aparecimento do azulado são alto teor da humidade da madeira (mais de 24%, ponto de saturação de fibras) e uma temperatura média de 25ºC (máximo 35ºC e mínima de 5ºC) por conseguinte as madeiras estão sujeitas a infeçcões imediamente a seguir ao abate e até atingirem cerca de 20% do teor de água (secagem ao ar).
Deste modo a infecção pode dar-se na mata, em toros, como em parques de madeira, podendo ser evitada pela secagem correcta dos toros ao ar ou em estufas, e também por tratamento preventivos, usando a indústria, para esse fim, pentaclonofenato de sódio e presentemente o Metilene-bi-tiocianato, conjuntamente com Tiocianometil benzodiazol.