Pastor Alemão - Minho, Douro Litoral

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fontedasbicas
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domingo nov 13, 2011 8:43 pm

zeca2 Escreveu:Amigo Pato, eu entendi o seu argumento, simplesmente não me parece que dele se possa inferir que as fêmeas são melhores guardas que os machos. Cada exemplar é dotado de uma bagagem genética onde se encontra a territorialidade, o instinto de protecção e o instinto de guarda, sendo que não se deve confundir cão de guarda com cão de alarme.

Admito no entanto que essa seja uma opinião subjectiva, baseada na sua experiência pessoal, e portanto é totalmente legítima para o universo da sua experiência. Só acho que para generalizar deveria ter por suporte dados estatísticos ou estudos a esse respeito.

Para mim o instinto de guarda não depende do sexo, varia de indivíduo para indivíduo.Foi isso que eu quis dizer.
Boas...
Caro JCSousa...
Limitei-me a dar a minha opinião/justificação ao desperado...
Para mim, as fêmeas guardam... Os machos têm falhas...
Façam a experiência se não acreditarem na minha opinião "subjectiva" como lhe chamam... Treinem um cão, seja de que raça for, desde que seja macho... Delimitem o seu território, façam o que quiserem... Cheguem uma fêmea em cio, e vejam a reacção desse cão...
Não se trata de linhas, nem de raças, nem de instintos, nem de carácteres, nem de treino, nem nada.... Trata-se do instinto de procriação e de sobrevivência, de preservação da raça que está muito acima, dessas teorias todas.
<p>Cumprimentos </p>
<p><strong>Ant&oacute;nio Pato</strong></p>
daktari
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domingo nov 13, 2011 10:00 pm

zeca2 Escreveu: Para o Vítor Oliveira, alguns apontamentos:

- o poder-se utilizar A2 e A3 na reproduç&atilde;o parece justificar realmente que a displasia n&atilde;o tem nada a ver com o assunto. No entanto, será que com o seu raciocínio, se pode afirmar que cruzando dois A1 n&atilde;o se obterá nenhum cachorro displásico?

- corrijo a afirmaç&atilde;o que fiz, que n&atilde;o foi correcta: o que eu queria dizer era que a percentagem de c&atilde;es medrosos nas linhas de trabalho é incompar&agrave;velmente menor que nas linhas de beleza. Lamento ter induzido os leitores em erro.

- porque é que aparecem c&atilde;es medrosos nas linhas de trabalho? Pode ser que existam nos reprodutores genes recessivos associados ao medo; pode ser que tenham sido os cachorros mais fracos da ninhada, normalmente perdedores de disputas com os irm&atilde;os; pode ser que tenham sido mal sociabilizados; pode ser que tenham sido incorrectamente treinados. Enfim, pode ser muita coisa para cada caso específico; pode ser uma destas raz&otilde;es ou várias ao mesmo tempo. Isso depende de cada caso individual.

- por fim reafirmar que n&atilde;o fui eu que trouxe &agrave; discuss&atilde;o linhas de beleza e de trabalho. Apenas falei em linhas de sangue e critérios de selecç&atilde;o.

-

Como já lhe disse a displasia é uma doença ao contrario do que se passa com o medo por atavismo situação essa que é considerada como a consequência de uma característica do comportamento e do carácter de um ser vivo que a manifesta geralmente em forma de fobia!
Voltando a displasia admitindo que nos fosse possível utilizar exemplares unicamente A1 gerações após gerações seria sim possível obter cachorros sem manifestações de displasia para a totalidade de uma ninhada assim produzida! Pois para que tal pudesse acontecer teríamos que iniciar uma criação entre cães A1 que ostentassem tal isenção até pelo menos 5 gerações a que iríamos então utilizar! Por outro lado como já lhe frisei as condições ambientais favoráveis ou desfavoráveis proporcionadas a todos os animais submetidos aos testes têm influência para os resultados obtidos nesses testes até o que se passa na altura do parto da cadela!

José Carlos falando novamente de cães medrosos, o medo por atavismo não tem nada a ver com a boa ou a má sociabilização, com o facto de serem os mais fracos da ninhada, nem com os treinos incorrectos nem sequer existem varias razões, nem é em função de cada caso individual como você parece aqui que se lhe acredite. O medo por atavismo é unicamente genético e hereditário, o por outras palavras é de nascença, os cachorros nascem com a característica do medo. E por mais que você os prepare para superarem tal fobia eles iram sempre manifesta-lo, quanto muito ira conseguir disfarça-lhes as manifestações em algumas situações e casos, no entanto em qualquer altura ou situação inesperada o medo ira apoderar-se e reaparecer nos tais medrosos por atavismo!
Pois o medo de que aqui lhe falo não é o medo por acidente ou adquirido esse hipoteticamente tem cura! Alias qualquer ser vivo manifesta medo numa situação inesperada ou desconhecida agora não se recompor ou demorar muito a recompor-se do mesmo é que não é normal! O medo de que aqui lhe falo é do género daquele em que o animal até da própria sombra tem medo! E é desse medo que lhe garanto que nos cães descendentes directos dos ditos de linha de trabalho se pode observar e em percentagens tão grandes quanto ao que se pode observar nos de linha beleza contrariamente a sua afirmação aqui depositada! É certo que nas linhas ditas de beleza se possa observar maior numero de cães mal preparados e trabalhados o que nos leva a acreditar que estes sejam em maior numero medrosos o que na maioria dos casos não é verdade! Até mesmo pelo facto de estes não serem seleccionados por ostentarem as melhores capacidades para o trabalho mas sim por serem os mais perfeitos na morfologia nao faz com que haja nestes maior numero de medrosos por atavismo comparativamente com os ditos seleccionados pelo carácter tal como o José Carlos já nos disse que são eliminados da cria se forem medrosos!
Por outro lado mesmo que fosse dado tal beneficio ao cães de trabalho isso não nos provaria em nada o facto de que nas linhas de trabalho haja menos medrosos por atavismo que nas linhas de beleza, pois como todos sabem os cães das linhas de beleza EXISTEM em maior numero e por isso até seria aqui normal que também houvesse maior numero de medrosos por atavismo!
Agora há sim junto dos cães ditos de beleza mais cães escolhidos para participarem nas provas de morfologia e numa grande maioria deles com pouco ou nenhuma preparação para os testes ou provas de carácter onde eles porventura tenham que ser apresentados!
Continuo sem perceber no entanto as razões que levam a que existam cães medrosos oriundos dos seleccionados pelo carácter ostentado e dos quais se excluem da procriação os que não ostentam um carácter suficientemente adequado ( isenção de medo por atavismo)!
<p>Vindo do passado, galopando no presente a caminho do futuro. Criando Pastor Alem&atilde;o - Fazendo Amigos. </p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
zeca2
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segunda nov 14, 2011 2:59 pm

Amigo Pato, como já disse aceito a sua opinião, embora dela não partilhe. Continuo a afirmar que a territorialidade é inerente aos dois sexos, não vendo por isso motivos para descriminar um ou outro.

Quanto ao instinto de procriação, não negará que ele existe em ambos os sexos... se por norma os machos "cedem" a uma fêmea em cio, não é menos verdade que há fêmeas em cio que fogem do seu território se houver machos nas redondezas... De qualquer modo, gostaria de perguntar de novo se sustenta a sua teoria em algum estudo já publicado sobre o assunto.

Respondendo ao Vítor Oliveira:
a displasia é uma doença ao contrario do que se passa com o medo por atavismo situação essa que é considerada como a consequência de uma característica do comportamento e do carácter de um ser vivo que a manifesta geralmente em forma de fobia!
Eu acho que o medo é também uma doença, na medida em que, como nas doenças físicas, representa um desvio negativo em relação à normalidade.
Voltando a displasia admitindo que nos fosse possível utilizar exemplares unicamente A1 gerações após gerações seria sim possível obter cachorros sem manifestações de displasia para a totalidade de uma ninhada assim produzida! Pois para que tal pudesse acontecer teríamos que iniciar uma criação entre cães A1 que ostentassem tal isenção até pelo menos 5 gerações a que iríamos então utilizar!
Se bem percebi o que disse, e partindo do princípio que acredita no que diz, não se erradica a displasia porque os criadores não querem, isto é, porque insistem em utilizar cães com A2 e A3 na reprodução. Acha que este é um bom princípio de criação?
o medo por atavismo não tem nada a ver com a boa ou a má sociabilização, com o facto de serem os mais fracos da ninhada, nem com os treinos incorrectos
E quando o Vítor vê um cão medroso, como é que sabe se o medo foi provocado por causas genéticas ou ambientais? Gostava mesmo que me respondesse a esta pergunta...
E é desse medo que lhe garanto que nos cães descendentes directos dos ditos de linha de trabalho se pode observar e em percentagens tão grandes quanto ao que se pode observar nos de linha beleza
Eu não tenho dados que me permitam chegar a essa conclusão. Se o Vítor tem, agradecia que os apresentasse para não estarmos aqui a falar de cor.
Agora há sim junto dos cães ditos de beleza mais cães escolhidos para participarem nas provas de morfologia e numa grande maioria deles com pouco ou nenhuma preparação para os testes ou provas de carácter onde eles porventura tenham que ser apresentados!
Poderia concordar consigo se estivéssemos a restringir-nos ao panorama português. Mas não acredito que cães de competição de afixo mundialmente famosos falhem a prova de coragem por não serem suficientemente preparados. Para mim esse argumento não é generalizável, como parece querer dizer.
Continuo sem perceber no entanto as razões que levam a que existam cães medrosos oriundos dos seleccionados pelo carácter
E eu continuo a reportá-lo para a explicação que lhe dei antes...

Já agora realçar um afirmação sua com a qual concordo: todos os seres vivos normais têm medo, como manifestação do seu instinto de sobrevivência. Mau seria se assim não fosse. Mas a incapacidade de vencer esse medo através de manifestações de outros instintos é que caracteriza aquilo a que chamamos cão medroso.
fontedasbicas
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segunda nov 14, 2011 9:12 pm

zeca2 Escreveu:Amigo Pato, como já disse aceito a sua opinião, embora dela não partilhe. Continuo a afirmar que a territorialidade é inerente aos dois sexos, não vendo por isso motivos para descriminar um ou outro.

Quanto ao instinto de procriação, não negará que ele existe em ambos os sexos... se por norma os machos "cedem" a uma fêmea em cio, não é menos verdade que há fêmeas em cio que fogem do seu território se houver machos nas redondezas... De qualquer modo, gostaria de perguntar de novo se sustenta a sua teoria em algum estudo já publicado sobre o assunto.
Boas...

Caro JCSousa... O que defendo é, cada sexo sua função e não a descriminação de nenhum deles. Há vantagens das fêmeas e desvantagens, o mesmo se passando com os machos.

O instinto de procriação é "sinalizado" pelo cio. Partindo do princípio que uma fêmea tem em teoria, dois cios por ano, direi que a sua vulnerabilidade neste campo, existirá duas vezes... O macho está sempre em cio, logo muito mais vulnerável, certo?

As fêmeas, por norma, não fogem do seu território, antes pelo contrário, "atraem" os machos... Estes sim, saltam, fogem, para procriar e aí está novamente a sua vulnerabilidade...

Esta é a minha opinião de observador, de criador e de vivência no meio dos meus cães... Sei que há gente muito mais entendida que eu que também tem essa opinião, e sei que há gente muito mais entendida que eu, que nunca pensou a sério nisso... Como criador, pergunto sempre qual o objectivo da compra do cachorro e até hoje, aconselhei sempre, com resultados positivos.... guarda=fêmea...
<p>Cumprimentos </p>
<p><strong>Ant&oacute;nio Pato</strong></p>
daktari
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quarta nov 16, 2011 2:09 am

zeca2 Escreveu:
Respondendo ao Vítor Oliveira:
a displasia é uma doença ao contrario do que se passa com o medo por atavismo situação essa que é considerada como a consequência de uma característica do comportamento e do carácter de um ser vivo que a manifesta geralmente em forma de fobia!
Eu acho que o medo é também uma doença, na medida em que, como nas doenças físicas, representa um desvio negativo em relação à normalidade.



Você é livre de achar o que lhe dá jeito acreditar! Contudo volto a dizer-lhe que o medo por atavismo não é uma doença mas sim uma característica do comportamento tal como o é a coragem para superar o medo! E saiba que o medo nem sequer é um desvio negativo em relação a normalidade! Pois o medo faz parte da normalidade do comportamento, já a ausência total do medo essa sim é que deveria ser considerada como um desvio negativo em relação a normalidade visto não possível encontrar seres vivos do reino animal que manifestem total isenção do medo! Como já lhe disse qualquer ser vivo a face da terra manifesta medo dependendo das causas e dos motivos que os possam levar a manifestar tal facto! Visto isto e após ter lido o que você aqui nos diz sou então levado a acreditar de si que todos nós seres vivos somos doentios?! Sr José Carlos pelo o que aqui nos escreveu posso depreender que o senhor desconhece o que é o medo atávico!
Aqui a questão é mais do tipo de que:
Nós, humanos, é que rotulamos tudo e descartamos o que consideramos impróprio para o consumo (humano). Para nós, seres civilizados e inteligentes os animais, não só os cães, são classificados como úteis, inúteis e nocivos..
zeca2 Escreveu:
Voltando a displasia admitindo que nos fosse possível utilizar exemplares unicamente A1 gerações após gerações seria sim possível obter cachorros sem manifestações de displasia para a totalidade de uma ninhada assim produzida! Pois para que tal pudesse acontecer teríamos que iniciar uma criação entre cães A1 que ostentassem tal isenção até pelo menos 5 gerações a que iríamos então utilizar!
Se bem percebi o que disse, e partindo do princípio que acredita no que diz, não se erradica a displasia porque os criadores não querem, isto é, porque insistem em utilizar cães com A2 e A3 na reprodução. Acha que este é um bom princípio de criação?
A minha opinião de se é ou não um bom principio de criação de pouco ou nada aqui interessa relativamente ao facto aqui posto em causa. Pois o que interessa saber é que as normas de cria aqui ditadas, boas ou más são as da WUSV e ponto final!
zeca2 Escreveu:
o medo por atavismo não tem nada a ver com a boa ou a má sociabilização, com o facto de serem os mais fracos da ninhada, nem com os treinos incorrectos
E quando o Vítor vê um cão medroso, como é que sabe se o medo foi provocado por causas genéticas ou ambientais? Gostava mesmo que me respondesse a esta pergunta...


As causa ambientais manifestam-se sempre pelos mesmos motivos e da mesma forma e sempre em situações especificas e geralmente quando se encontram reunidas as causas ambientais e as especificas condições que levaram o animal a manifestar-se assustado e pouco a vontade perante o que anteriormente o deixou descontrolado ou que lhe causou suficiente desagrado para o ter deixado afectado ou traumatizado.
Em contrapartida o medo exacerbado do atavismo leva esse mesmo animal a ter medo em todas e quaisquer situações até mesmo daquelas que lhe são mais familiares tais como a próprio sombra ou até mesmo o ruído de uma simples trovoada que lhe possa anunciar a chuva. A aproximação de alguém estranho a casa ou a propriedade do dono sitio onde o dito cão vive e do qual ele deveria se mostrar como guardião por ser esse sitio o seu território, leva o animal a mostrar-se esquivo, a esconder-se, ou a fugir da zona onde ele possa se encontra com o intruso ou desconhecido ladrando com a cauda escondida entre as patas dos quartos traseiros. Normalmente esse tipo de cão medroso por atavismo não aguenta o enfrentar de um olhar olhos nos olhos mais persistente a ele direccionado. Um cão medroso por atavismo foge de quem olhar para ele fixamente sem que este tenha recebido uma qualquer ameaça gestual ou corporal que fosse.
Um animal que não manifeste o medo por atavismo mostra-se geralmente sereno (não se furta ao olhar) quanto muito reage a provocação como animal seguro de si e dominante que é avançando para quem procura subjuga-lo ou submete-lo ao desafio de um olhar provocador ameaçador que até possa dele requerer alguma submissão. Todavia um animal medroso por atavismo reage geralmente mal a todas estas situações por mim aqui citadas se o colocar-mos perante todas elas.

zeca2 Escreveu:
E é desse medo que lhe garanto que nos cães descendentes directos dos ditos de linha de trabalho se pode observar e em percentagens tão grandes quanto ao que se pode observar nos de linha beleza
Eu não tenho dados que me permitam chegar a essa conclusão. Se o Vítor tem, agradecia que os apresentasse para não estarmos aqui a falar de cor.
Tal como em pastelaria que para se poder fazer um bolo necessitamos de uma base para esse mesmo bolo! Aqui no caso que no interessa o medo é comum a todos os cães.
O medo esta na base do carácter de todos os seres vivos que pertençam ao reino animal!
O que faz parte da bagagem genética e é individual de cada cão, é a coragem para superar o medo atávico. Esse nível de coragem é hereditário e permite a geração de descendentes com o mesmo problema!

zeca2 Escreveu:
Agora há sim junto dos cães ditos de beleza mais cães escolhidos para participarem nas provas de morfologia e numa grande maioria deles com pouco ou nenhuma preparação para os testes ou provas de carácter onde eles porventura tenham que ser apresentados!
Poderia concordar consigo se estivéssemos a restringir-nos ao panorama português. Mas não acredito que cães de competição de afixo mundialmente famosos falhem a prova de coragem por não serem suficientemente preparados. Para mim esse argumento não é generalizável, como parece querer dizer.
Então como explica que um desses cães de competição mundialmente famosos falhe num dia e passados mas alguns tempos o mesmo já não falha?! Dou-lhe como exemplo o caso de Zamp v Thermodos que falhou uma primeira estreia ao titulo de VA na siegerschau Alemã e a partir dai voltou apresentar-se sem nunca mais falhar nas provas de carácter!
zeca2 Escreveu:
Continuo sem perceber no entanto as razões que levam a que existam cães medrosos oriundos dos seleccionados pelo carácter
E eu continuo a reportá-lo para a explicação que lhe dei antes...

Já agora realçar um afirmação sua com a qual concordo: todos os seres vivos normais têm medo, como manifestação do seu instinto de sobrevivência. Mau seria se assim não fosse. Mas a incapacidade de vencer esse medo através de manifestações de outros instintos é que caracteriza aquilo a que chamamos cão medroso.
-

Já que você e muitos dos que se dedicam ao trabalho não conseguem ter uma resposta plausível do porquê da existência de cães medrosos oriundos dos seleccionados pelo carácter vou então aqui deixar-lhe a minha opinião do assunto!
O que acontece é que os ensinamentos adquiridos pelo treino não se transmitem pela reprodução obtida desses mesmos cães treinados!
O que se transmite eventualmente de geração para geração são os genes responsáveis pela predisposição maior ou menor ao trabalho dos ditos animais das linhas de trabalho!
E o que acontece é que a selecção exercida nesses exemplares é feita em função dos resultados obtidos nas provas e nos concursos de trabalho utilizando sempre para a reproduçao os que tiveram o melhor desempenho e resultados nas provas e nos concursos de trabalho, que em grande parte sao o resultado do treino e do ensinamento que lhes foi proporcionado! Logo aqui depreende-se que a selecção feita dessa forma esteja de alguma forma viciada, pois o os resultados obtidos por cada exemplar são sempre influencia dos treinos e dos ensinamentos prestados aos citados exemplares e como já disse os mesmos não se transmitem!
Quanto a mim e na minha opinião uma boa selecção dos cães de trabalho a serem utilizados para a reprodução deveria passar antes pelos testes de Campbell visto que os mesmos visam avaliar os animais antes mesmo de qualquer um destes se terem impregnado do quer que seja e isso antes mesmo de terem sofrido qualquer tipo de condicionamento que lhe possa viciar os resultados obtidos. O que não acontece com os campeões de trabalho que como é evidente já sofreram condicionamentos de todas as ordens!


Conclusão: medo, todos tem, o que varia de indivíduo para indivíduo é o nível de coragem necessária para vencê-los. Uns ficam apavorados tremendo inteiros, fugindo e escondendo-se no primeiro buraco, outros tomam um susto, depois recuperam-se e alguns depois do segundo trovão em que nada de extraordinário aconteceu, nem lhe ligam mais.

Entre indivíduos, cuja coragem excessiva os conduzem a constantes acidentes e os que vivem escondidos com medo de tudo e de todos existe uma escala com uma imensa gama de variações. Então a distinção a que você se refere é meramente conceitual, depende do que cada um considera aceitável ou prejudicial.

Entre os lobos, são exactamente os mais assustados que se encarregam de permanecer em pontos estratégicos em torno da alcatéia para darem o alarme ao mínimo ruído de aproximação de algum estranho. Os mais corajosos se posicionam em círculos menores para proteger suas fêmeas, filhotes e velhos, que ficam no anel mais central.
Se for verdade o c&atilde;o domestico descender do Canis Lupus e que o tenha conservado grande parte dos seus instintos primitivos temos aqui a resposta para entender-mos o quanto anormal é um c&atilde;o n&atilde;o manifestar medo ou o facto de se tentar obter cada vez mais c&atilde;es artificiais cada vez mais afastados das suas formas primitivas!
<p>Vindo do passado, galopando no presente a caminho do futuro. Criando Pastor Alem&atilde;o - Fazendo Amigos. </p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
zeca2
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sexta nov 18, 2011 10:59 am

Amigo Pato, a minha intervenção inicial originou este debate que acho se está a tornar bastante enfadonho (pelo menos para mim).

Basicamente discordo da generalização que faz sobre a maior aptidão das fêmeas para trabalho de guarda. Pode haver fêmeas boas guardas, como também pode haver machos, tudo depende do indivíduo e dos critérios de selecção.

Os argumentos que apresentou são basicamente estes - o cão com fêmeas em cio por perto perde capacidade de guarda. Até admito que sim, mas para que essa perda fosse significativa teria de ter pelas redondezas n fêmeas a entrarem em cio alternadamente ao longo do anos,
caso contrário a período a que se reporta essa perda de guarda seria relativamente reduzido.

Por outro lado, o macho apresenta sobre a fêmea algumas vantagens que podem contrabalançar o handicap que referiu , e relacionadas com o efeito dissuasor - maior tamanho, e potencial de agressão, dada amaior presença de testosterona.

Eu acredito que haja muita gente que tenha a mesma opinião que você, mas, à falta de estudos objectivos, não me parecem suficientemente convincentes os argumentos que invoca.

Eu do que conheço ( e também vale o que vale, é apenas a minha experiência) a procura de machos é maior quando se trata de guarda de fábricas e habitações.

E nunca vi nenhum policia de intervenção preocupado se haverá alguma fêmea em cio nos locais onde vai ter que intervir com o respectivo macho.
zeca2
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sexta nov 18, 2011 11:29 am

Como de costume, O Vítor Oliveira complica e mastiga argumentos de tal maneira que a discussão se acaba por tornar pouco fértil:

1. Perde parágrafos seguidos a explicar e reexplicar o que é um cão medroso, quando na verdade eu já tinha dito no meu post anterior o que você agora se fartou de repetir:
á agora realçar um afirmação sua com a qual concordo: todos os seres vivos normais têm medo, como manifestação do seu instinto de sobrevivência. Mau seria se assim não fosse. Mas a incapacidade de vencer esse medo através de manifestações de outros instintos é que caracteriza aquilo a que chamamos cão medroso.
2. Chame-lhe você atávico ou não, ele aparece por transmissão genética, ponto final.

3. Que há cães medrosos na linhas de trabalho, acredito que haja. Infelizmente tenho que repetir que mantenho as razões que apontei para que isso aconteça. No entanto, se está tão certo do que diz, diga-me quantos cães medrosos já conheceu nas linhas de trabalho?

4. A explicação que você dá para a existência de cães medrosos nas linhas de trabalho é um bocado simplista - realmente os criadores de trabalho não são bem como os de beleza, sabe? Eles não procuram só pela prova de trabalho para escolher o reprodutor, porque eles sabem que muitas vezes os títulos de RCI não correspondem ao valor do cão. Um cão escolhido para reprodutor de trabalho tem o seu caracter revirado do avesso pelos criadores, que sabem exactamente quais os seus pontos fortes e fracos. Poderia dar-lhe exemplos concretos sobre a linha Fero, por exemplo.

Eu até concordo com essa do teste de Campbell, embora este se aplique muito antes de acabada a fase de sociabilização dos cachorros ,pelo que é sempre possível que por factores ambientais o cachorro venha a não dar sequência aos resultados do teste.

5. Fala no teste de Campbell e depois vem-me com a mordida do Zamp para ilustrar nem sei bem o quê... Diga-me lá o que é que concluiu sobre o carácter do Zamp depois de lhe ver as famosas mordidas...

6.
A minha opinião de se é ou não um bom principio de criação de pouco ou nada aqui interessa relativamente ao facto aqui posto em causa
Bem, isto não é nenhum congresso sobre o medo... nem nenhum de nós tem certamente conhecimentos para ser um congressista ... Você deu como garantido que se conseguia extinguir a HD se se deixasse de utilizar reprodutores A2 e A3. Devo pois concluir que se não se erradica a doença é porque os Vítor e outros criadores sabem qual o caminho e não o seguem... eu acho que este também oderia ser um bom tema de conversa...

É que o tema inicial do tópico era sobre a capacidade de guarda das fêmeas. Veja lá se se fosse tão rigoroso nunca você teria trazido o tema do trabalho à colação, não tendo,pois, tido portunidade de nos ensinar o que é o medo atávico...
conversas
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sexta nov 18, 2011 5:42 pm

Pouco fértil, e deveras sonolenta.
daktari
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sexta nov 18, 2011 9:52 pm

zeca2 Escreveu:Amigo Pato, a minha intervenção inicial originou este debate que acho se está a tornar bastante enfadonho (pelo menos para mim).

Basicamente discordo da generalização que faz sobre a maior aptidão das fêmeas para trabalho de guarda. Pode haver fêmeas boas guardas, como também pode haver machos, tudo depende do indivíduo e dos critérios de selecção.

Os argumentos que apresentou são basicamente estes - o cão com fêmeas em cio por perto perde capacidade de guarda. Até admito que sim, mas para que essa perda fosse significativa teria de ter pelas redondezas n fêmeas a entrarem em cio alternadamente ao longo do anos,
caso contrário a período a que se reporta essa perda de guarda seria relativamente reduzido.

Por outro lado, o macho apresenta sobre a fêmea algumas vantagens que podem contrabalançar o handicap que referiu , e relacionadas com o efeito dissuasor - maior tamanho, e potencial de agressão, dada amaior presença de testosterona.

Eu acredito que haja muita gente que tenha a mesma opinião que você, mas, à falta de estudos objectivos, não me parecem suficientemente convincentes os argumentos que invoca.

Eu do que conheço ( e também vale o que vale, é apenas a minha experiência) a procura de machos é maior quando se trata de guarda de fábricas e habitações.

E nunca vi nenhum policia de intervenção preocupado se haverá alguma fêmea em cio nos locais onde vai ter que intervir com o respectivo macho.


Como sempre o senhor José Carlos a querer levar a melhor mesmo quando põe o pé na possa nos temas em que participa! Na verdade em regra geral as fêmeas mostram-se superiores ao machos no que respeita a guardar. Quanto mais não fosse pelo instintos maternos relativos a procriação que delas advêm na guarda e na defesa das suas proles estas possuem e mostram superioridade relativamente aos machos! Por outro quem tem machos e fêmeas juntos a coabitarem livremente sabe e acaba por se aperceber que as fêmeas levam sempre a melhor sobre os machos, basta ver que uma fêmea com um simples rosnar afasta dela o mais ameaçador dos machos, sendo essa uma das razões pelas quais eles coabitam em perfeita harmonia sem que hajam brigas ou lutas entre eles! Pois diante de uma fêmea o macho acaba sempre eclipsando-se para deixar que seja esta a tomar-lhe as dianteiras seja ele no que for!
Para quem disto não se acredita então recomendo a essa pessoa que faça a experiencia seguinte: colocar juntos e a solta um macho e uma fêmea adultos que nunca se tenham conhecido ou convivido dentro de um mesmo recinto onde ambos nunca tenham permanecido, e vejam o que acontece, e logo de seguida tentem fazer o mesmo com dois machos adultos nas mesmas condições pois com isso iram ver que entre macho e fêmea não se passa nada de especial a não ser o macho acabando por respeitar a fêmea enquanto que entre os dois machos é quase certo que se vai ASSISTIR A UMA MONUMENTAL BRIGA E LUTA ENTRE ESTES!


Também é verdade que os machos estão sempre em cio e com isso basta introduzir uma cadela em cio por perto para que ele discorre com o seu papel de guarda deixando com isso entra qualquer intruso onde lhe colocamos a dita fêmea em cio, o que até permite aos assaltantes do dito espaço roubarem tudo o que há para roubar e até o cão macho aqui posto em causa visto que ao chamarmos a cadela se esta for nossa ela vem ter connosco e o macho segue-lhe os passos e com isso os larápios até poderiam levar o cão macho em premio se fosse caso disso!
As diferenças notáveis entre machos e fêmeas em geral e reconhecidamente são:
Machos mais independentes, menos afectivos, menos próximos dos donos, mais briguentos, disputam com maior frequência a liderança dos outros cães machos a sua semelhança até dos próprios donos que não façam plena ideia de como os manter subjugados as suas exigências.
Fêmeas mais ciumentas dos donos, logo mais próximas dos donos, mais afectivas para com as crianças e para com os seus donos, mostram-se mais desconfiadas para com os estranhos logo dificultam mais a aproximação destes em relação a elas, aos bens e aos espaços por elas guardados. Mais difícil de demover e de distrair contrariamente ao que possa acontecer em relação aos machos na questão da guarda visto que estas mesmo em cio se lhe introduzirmos um macho com vistas a copula-las elas em primeira instancia tratam logo de o rechaçar e nem sempre é evidente que estas o consintam passado mais algum tempo. Por outro lado mesmo que assim não fosse é sempre difícil a um intruso saber quando é que uma fêmea está em cio enquanto que no caso do macho este estará sempre receptivo a procriar e com isso a deixar-se distrair o que não acontece com a fêmea por oposição a este.



zeca2 Escreveu: E nunca vi nenhum policia de intervençao preocupado se haverá alguma fêmea em cio nos locais onde vai ter que intervir com o respectivo macho.
E do inverso já? Por acaso já viu muitos a nao se preocuparem?
Como é que sabe que os policias de intervençao nao se preocupam se houver alguma femea em cio nos locais onde vai ter que intervir com o respectivo macho.
Tem forma de provar tal afirmaçao! É que as coisas nao girao só em torno do que voce viu ou deixa de ver!
<p>Vindo do passado, galopando no presente a caminho do futuro. Criando Pastor Alem&atilde;o - Fazendo Amigos. </p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
daktari
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sábado nov 19, 2011 1:43 am

zeca2 Escreveu:4. A explicação que você dá para a existência de cães medrosos nas linhas de trabalho é um bocado simplista - realmente os criadores de trabalho não são bem como os de beleza, sabe? Eles não procuram só pela prova de trabalho para escolher o reprodutor, porque eles sabem que muitas vezes os títulos de RCI não correspondem ao valor do cão. Um cão escolhido para reprodutor de trabalho tem o seu caracter revirado do avesso pelos criadores, que sabem exactamente quais os seus pontos fortes e fracos. Poderia dar-lhe exemplos concretos sobre a linha Fero, por exemplo.

Eu até concordo com essa do teste de Campbell, embora este se aplique muito antes de acabada a fase de sociabilização dos cachorros ,pelo que é sempre possível que por factores ambientais o cachorro venha a não dar sequência aos resultados do teste.

5. Fala no teste de Campbell e depois vem-me com a mordida do Zamp para ilustrar nem sei bem o quê... Diga-me lá o que é que concluiu sobre o carácter do Zamp depois de lhe ver as famosas mordidas...

Meu caro José Carlos quando diz que: realmente os criadores de trabalho não são bem como os de beleza não nos explica como é que eles são e quais as diferenças entre estes!

Você diz ainda que um cão escolhido para reprodutor de trabalho tem o seu carácter revirado do avesso pelos criadores, mas não explica em que consiste isso! E já agora como é que se revira o carácter de um cão do avesso, pois confesso-lhe que não sei como é que isso se faz? Assim como também, não sabia da existência nos cães de um carácter com dois lados, um frente e o outro do avesso!

Fala e diz que poderia dar-me exemplos concretos sobre a linha Fero, como exemplo de como os criadores sabem exactamente quais os seus pontos fortes e fracos de um cão ao revirar-lhe o carácter mas mais não acrescente! Importa-se então de me dar então aqui os tais exemplos de que me fala!? Talvez assim eu fique a saber em que é que os criadores de trabalho são diferentes dos da beleza!
Falei-lhe do caso de Zamp para lhe provar que os grandes afixos lá fora também eles preparam mal os seus cães, visto este cão ser um dos cães de competição e de afixo mundialmente famosos que falhou a prova de coragem e que dai por diante nunca mais falhou! Na minha opinião isso prova que a preparação possivelmente tem a sua importância para o bom desempenho dos cães de beleza nas provas de coragem , pois se assim não é gostaria de o ver aqui explicar e repito-lhe de novo a sua opinião sobre o que aconteceu no caso do Zamp!
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<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
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domingo nov 20, 2011 1:13 pm

zeca2 Escreveu:Amigo Pato, a minha intervenção inicial originou este debate que acho se está a tornar bastante enfadonho (pelo menos para mim).
Concordo!


Basicamente discordo da generalização que faz sobre a maior aptidão das fêmeas para trabalho de guarda. Pode haver fêmeas boas guardas, como também pode haver machos, tudo depende do indivíduo e dos critérios de selecção.
Há bons e maus em ambos os lados. Mas não é disso que estamos a falar... O que eu defendo é que por muito bom que seja o macho, ele será sempre frágil, quando distraído com uma "rafeira" em cio...

Os argumentos que apresentou são basicamente estes - o cão com fêmeas em cio por perto perde capacidade de guarda. Até admito que sim, mas para que essa perda fosse significativa teria de ter pelas redondezas n fêmeas a entrarem em cio alternadamente ao longo do anos,
caso contrário a período a que se reporta essa perda de guarda seria relativamente reduzido.
Não queria falar muito nisso, mas "um intruso" que leve uma fêmea consigo em cio, baixará a guarda de um macho, por muito bem treinado que esteja, e quem não quer ver isto, nada a fazer...

Por outro lado, o macho apresenta sobre a fêmea algumas vantagens que podem contrabalançar o handicap que referiu , e relacionadas com o efeito dissuasor - maior tamanho, e potencial de agressão, dada amaior presença de testosterona.
Essa do potencial de agressão, essa sim discutível, não ignorando o facto de a fêmea ter o instinto materno que se sobrepõe a quase tudo...

Eu acredito que haja muita gente que tenha a mesma opinião que você, mas, à falta de estudos objectivos, não me parecem suficientemente convincentes os argumentos que invoca.
Para mim, basta-me a prática de vida, que se sobrepõe a todos os estudos... Sabe os estudos muitas das vezes baseam-se em médias e estatísticas, e isso é como aquela do frango... Eu como dois e tu não comes nenhum, logo comemos um cada um... :D

Eu do que conheço ( e também vale o que vale, é apenas a minha experiência) a procura de machos é maior quando se trata de guarda de fábricas e habitações.
Claro que sim, e sabe porquê... Porque ainda há o mito do cio... Dá trabalho, traz chatices...Esquecem-se é que os machos estão sempre em cio...[/

E nunca vi nenhum policia de intervenção preocupado se haverá alguma fêmea em cio nos locais onde vai ter que intervir com o respectivo macho.
Estamos a falar de guarda e não de patrulha... Guarda onde o animal actua sózinho... e não de patrulha onde há um binómio...
<p>Cumprimentos </p>
<p><strong>Ant&oacute;nio Pato</strong></p>
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